quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

«Inferno» de Dan Brown


Sendo um dos meus autores preferidos a nível de "light books" (pelo menos a critica assim o considera) estava com bastante curiosidade acerca do novo livro de  Dan Brown, ainda mais porque adorei todas as descrições de Roma, no livro Anjos e Demónios e agora ele estava de volta às cidades Italianas por onde já passei.

E posso-vos dizer desde já, que pelas cidades onde se passa a acção, para mim foi como voltar lá, muitas da ruas, monumentos, artes e outros detalhes que tais, foi um reviver pelas descrições pormenorizadas e turísticas do autor e ainda um contar pormenores menos conhecidos sobre os locais.

No entanto, mesmo que nunca lá tenham estado, este livro, ou arrisco a dizer que a maioria dos livros do autor, servem de guia para que o leitor visualize alguns dos pontos interessantes destas cidades, e fique com alguns conhecimentos históricos. Dou-vos alguns exemplos: Os Cavalos de S. Marcos, a Máscara Mortuária de Dante, o quadro de Botticelli, entre outras informações.

Robert Langdon começa este livro num quarto de hospital em Florença onde é confrontado com o esquecimento total dos acontecimentos das ultimas horas, apenas tem alguns flashback bastante confusos com cenários Dantescos e uma mulher de cabelos cor de prata.

Depois de acordar, verdadeiramente para o mundo, vê-se imediatamente abraços com estranhos acontecimentos. Começando logo por ter alguém o tenta matá-lo e acabando por matar um dos médicos que o tratava. Nesta embrulhada uma bela médica (Sienn Brooks) ajuda-o a fugir pelas ruas de Florença e abriga-o na sua casa, onde dentro do seu casaco se descobre um estranho objecto cilíndrico que só abre com a impressão digital.... Que esta informação não vos parece spoiller... que não o é!!! 
Dentro deste cilindro temos um objecto que depois de agitado mostra  um mapa de Botticelli baseado no Inferno de Dante, "La Mappa dell' Inferno". E assim começa a verdadeira saga.

Este vai ser o ponto de partida para a investigação desenfreada de Langdon e Brooks numa investigação que passará por várias cidades e de certa forma conseguimos viajar nelas, tal é detalhada a informação. 

Durante o livro, Langdon tem de fugir tanto das autoridades italianas como da Organização Mundial de Saúde (OMS) e ainda de uma estranha agência particular, tudo isto no intuito de descobrir códigos deixados pelo cientista Bertrand Zobrist nos mais variados sítios antes de se suicidar.
Todo esta intriga é ainda apimentada com temas como: a sobre-população mundial, a peste negra que dizimou 1/3 da população mundial no século XIV, e as regras pelas quais se gere a OMS no que toca ao combate às doenças. Factos curiosos que nos despertam o interesse e a vontade de pesquisar e conhecer mais além.

Posso dizer que continuo a gostar do estilo do autor com capítulos curtos, muito suspense, acção para todos os gostos, a utilização de tecnologia de ponta e ainda muitas lições de história que fazem deste livro um must read. Dizer que adorei o livro quase do principio ao fim, talvez seja exagero, já que em algumas partes acredito que o autor se repete, não dentro deste livro, mas dentro do género, como se revisitássemos a estrutura, a fórmula dos anteriores. Ainda assim, este consegue ter algumas reviravoltas inesperadas que contestam esta minha ideia. 

Quanto ao fim, já li algumas criticas que ou adoram ou detestam, eu sigo pela reviravolta que me surpreendeu e fez o livro tomar excelentes proporções, mas a reviravolta dupla, ou seja, a volta da reviravolta - entendem!? é que achei (quase) desnecessária.

Boas leituras.

1 comentário :

Helena Duque disse...

Fiquei com curiosidade.
Adoro o "Símbolo Perdido" e adorava ler este também.

Beijinhos xx
www.helenaduque.com