Desapareceste? Vou à tua procura!
É esta a questão e a respectiva ordem que nos é dada muito antes de abrirmos o livro. Ordem essa, explícita logo nas primeiras páginas.
E você o que faria para encontrar a sua irmã?
Sentirmo-nos capazes de ser a própria Bee dá-nos criatividade, poder e protagonismo suficientes para com a nossa própria mente reescrever o rumo desta perseguição pela verdade e pela Tess. É isto que Rosamund Lupton consegue fazer com a sua escrita, levar-nos completamente para dentro do sofrimento desta família. O ritmo e o fluxo da escrita é tão intenso que o que lemos, baralha-se com o que queríamos estar a ler e de um momento para o outro estão a acontecer coisas que nós não queríamos que acontecessem.
A tristeza invade-nos e atingimos com a dura realidade, Tess morreu!
Não se zanguem, não contei nada que a contra-capa não revele... "(...) não posso voar até ao passado, virar na segunda estrela à direita e entrar pela janela aberta para te encontrar viva na tua cama."
"Faria qualquer coisa para ter uma segunda oportunidade..." porém, a saga de Bee não acabou, nem a dela, nem a nossa, pois tal como a opinião da People vocês irão mesmo adorar cada momento...
"- Já preencheu a sua ficha?
(...)
- Não estou aqui para uma consulta médica.
(...)
- Estou aqui porque a minha irmã foi assinada...
(...)
Por momentos, captei-lhe a atenção. O meu cabelo oleoso (...), a ausência de maquilhagem e os papos debaixo dos meus olhos. Viu os indicadores de dor, mas interpretou-os como sinais de loucura."
A forma abismal como o livro termina deixa-nos a pedir mais, a pensar em diversos caminhos, a desejar que aquele seja o desfecho real, mas poderá ser apenas um delírio? Um sonho?
Creio que Rosamund Lupton talvez nos poderá brindar com uma trilogia, quem sabe! Pois mesmo que ela afirme o que afirma na entrevista, isso não significa que pare por aqui, pois não!?
A leitura é uma viagem por palavras nacionais, estrangeiras, umas cultas, outras menos, umas mais rebuscadas, outras simplificadas, algumas levam-nos às lágrimas, muitas delas às gargalhadas e as melhores, aquelas que nos deixam abismadas, tamanha é a profundeza da ideia, da genuinidade expositiva, onde a simples contemplação daquelas palavras nos deixa assim: sob o Efeito dos Livros!
sábado, 22 de setembro de 2012
«Irmã» Rosamund Lupton - Opinião
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