quarta-feira, 14 de maio de 2014

Feitiço de Sylvia Day :: Opinião

"Victoria." O nome dela, uma só palavra, foi entoado com tamanha possessividade que ela quase sentiu a coleira à volta do pescoço "Está na tua natureza", murmurou ele. "O desejo de seres possuída." 

Conhecemos Victoria St. John no auge do seu centro de poder onde é dona e senhora. No entanto, Victoria não é apenas uma mulher de negócios bem sucedida, é uma entidade ligada ao mundo da magia, uma Familiar. O seu papel na comunidade, uma vez emparelhada com um Feiticeiro, é o de renovar e aumentar o poder do seu companheiro, razão pela qual as escolhas dos pares serem feitas pelo Conselho Superior mediante em termos de compatibilidade mágica não por razões afectivas. No entanto, muitos séculos antes, Victoria foi destinada a Darius, que se tornou seu dono e companheiro mas especialmente seu amante. Mais que a ligação dom/sub (que está presente neste livro da capa à contra-capa), Darius e Victoria encontraram o amor e só quando Darius foi brutalmente morto por ter desafiado o Conselho, Victoria jurou vingança e afastou-se da comunidade, sendo automaticamente rotulada de Bravia, membros Familiares que não estão subjugados a um Feiticeiro e que são um perigo para si e para a comunidade.

Para domar a fera (sim, ela é uma gata em mais do que um sentido), o Conselho escolheu o seu Preadador (caçador) mas poderoso e que sempre levou as mais Bravias a vergarem-se à mercê da sua vontade.
A Max Westin, nada lhe dá mais prazer do que ver as Familiares fugidias se submeterem à sua vontade, ao seu toque e aos seus cuidados. A sua tarefa é amansar a fera para o Conselho a voltar a emparelhar com outro Feiticeiro mas no caso de Victoria nada do que parece é e os negócios começam a misturar-se com o prazer logo no primeiro momento em que Max conhece Victoria e esta  parece imune aos seus truques que tão rapidamente levaram outras a sucumbir.
Sabemos que mais que a história do gato e do rato, aqui o felino é a vítima e será caçado sem misericórdia, com uso de todos os truques e instrumentos de prazer possíveis e imaginários (até a própria comida)
Max tem o poder do seu lado mas Victoria não é completamente indefesa e tem capacidades em igual medida de submissão e subversão.
 No fim, qual dos poderes sairá vencedor?
Victoria, Max, o desejo, o amor, a vingança ou o Conselho Superior?!

"Feitiço" tem o nome certo mas eu fiquei imune à magia. São 211 páginas de pura devoção carnal, com cenas escaldantes, com detalhes que não agradam a todos e outros que nos fazem franzir o sobrolho ou simplesmente abanar a cabeça de tão incrédulos que estamos.
De todos os livros que li de Sylvia Day (falta-me terminar a trilogia Crossfire), este é de longe o menos interessante. Acho-o muito curto, mas acima de tudo, é confuso porque pega num mundo fantástico e debita-o de modo pouco claro e com uso das mesmas expressões. 
Se fosse um livro parte de uma série, como é o caso dos Dream Guardians, teria mais sentido porque tínhamos oportunidade de nos prolongar no desenvolvimento e conhecimento do mundo das Familiares, Feiticeiros e do Conselho. Não seria um descarregar de info muito concisa e pouco clara que nos deixa sem saber o que pensar. No entanto, numa coisa Sylvia Day acertou. Qualquer que seja o livro, e "Feitiço" não é excepção, parece que a autora tem a poção mágica para descrever tremendas cenas intimas, de cariz eróticos, sexual e de tirar o fôlego ao leitor.
Espero continuar a ter oportunidade de conhecer os diversos livros que já publicou e um dia, que seja possível conhecer a autora. 
Quem sabe na Feira do Livro....ERA BOA IDEIA! :P

http://www.portoeditora.pt/produtos/ficha/feitico?id=15657626

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