Faz muito tempo que não me sento "aqui" para escrever.
As leituras andam pelas ruas da amargura e as opiniões, ui, reconhecem-se ausências de anos, menos regulares que aquele café que juramos combinar com aquela colega da escola secundária com quem (por sorte ou azar!) nos cruzamos na estação dos comboios.
Mas hey....aqui vamos nós!
"Ainda bem que a minha mãe morreu" não foi o único livro que li nos últimos meses (e anos!) de ausência aqui. Ainda bem!
"Ainda bem que a minha mãe morreu" foi um dos que nunca, nem por sombras, me viria parar à mãos por escolha própria. Foi o meu filho que disse "quero ler!" e eu pensei "ahhhhh, isto é alguma dica?!".
Parece que não, era mesmo só um adolescentes com um olho no Tiktok e nas suas tendências. Eu acabei por o comprar, sem nunca ter ouvido falar da Jennette McCurdy e por mais que a leitura da contracapa me tenha deixado a pensar "Wow!", entreguei-o ao suposto leitor e nunca mais olhei para o livro.
Mas a curiosidade levou a melhor de mim e as pessoas que me enviaram um clip de uma entrevista no programa da Drew Barrymore também (vejam aqui)
Devorei este "Ainda bem que a minha mãe morreu" como se de ficção se tratasse, a arrepiar-me com as ações e reações de uma mãe manipuladora e doente e de uma filha que não conheceu outra realidade e assim cresceu condicionada.
Dizia o Buzz (sim sou velha!), é "FACTO OU FICÇÃO?".
O que nos é contado não é ficção, é a vida de alguém, por mais que a Jennette não fosse conhecida no meu universo de trintona que nunca viu o iCarly, é chocante os episódios que vamos lendo sobre o seu crescimento, a relação da mãe com ela e com a restante família (especialmente o pai!), o desprezo por um caminho que nunca desejou seguir, uma total aniquilação da sua pessoa e as consequências nefastas de todos os fios que a mãe puxou na marioneta superestrela Jennette.
Ainda não terminei mas senti-me inspirada para vir escrever qualquer coisa. Nem que seja porque preciso de ganhar novo fôlego para continuar a leitura após tropeçar em 3 momentos de tradução que despertaram o Pat em mim.
(nota: o Pat de Guia para um final feliz The Silver Linings Playbook do Matthew Quick)
NOTA: a capa/título gera sempre comentários e virares de cabeça das pessoas à nossa volta. E vejam lá se no vosso universo, a leitura deste livro não é uma dica a alguém.
Se for, então deviam mesmo ler.
Boas leituras!
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