"Um dia" de David Nicholls insere-se na categoria de "este livro dava um filme".
Consigo traçar na minha mente os planos perfeitos para cada cena. A incidência da luz ao mergulhar no quarto sobre dois estranhos amantes entrelaçados que aproveitam as últimas horas de uma noite que não dormiram.
Consigo ver o personagem masculino a deambular por Roma, confiante no seu charme bóemio, enquanto aquela luz maravilhosa o envolve...consigo, acima de tudo, apenas estando na 38º página, saber que vou adorar este livro.
Nas primeiras dez páginas encontrei o ponto de familiarização com a minha realidade e estou, alegremente a passar páginas, no livro da "amizade" entre Dexter e Emma.
Pior que "viver a vida inteira sem nos apercebermos de que aquilo que procuramos está mesmo à nossa frente" é saber o que temos à nossa frente e não fazermos nada para que seja nosso.
A leitura é uma viagem por palavras nacionais, estrangeiras, umas cultas, outras menos, umas mais rebuscadas, outras simplificadas, algumas levam-nos às lágrimas, muitas delas às gargalhadas e as melhores, aquelas que nos deixam abismadas, tamanha é a profundeza da ideia, da genuinidade expositiva, onde a simples contemplação daquelas palavras nos deixa assim: sob o Efeito dos Livros!
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
"Um dia" de David Nicholls
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