segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Opinião "Entrega-te ao Amor"

Quando dois adultos, conscientes da sua ligação profissional e do desejo mútuo, aceitam um acordo estritamente físico, o que pode correr mal?
Não conseguirem separar o trabalho do lazer? Ou acabarem por trazer sentimentos para esta mistura explosiva?
Para Brooke e Jett, o caso complica-se ainda mais do que isso.
A premissa inicial de "Entrega-te ao Amor" interessou-me pelo facto de Brooke e Jett trabalharem juntos, ou melhor, de ele ser o seu mais recente patrão. É certo e sabido que os romances de escritório dão, na grande maioria das vezes, problemas de elevada dimensão. Há o que se apaixona, o que anda a trair o cônjuge, o trabalho que acaba negligenciado ou ainda a terrível hipótese de sucumbir ao desejo e ser apanhado de calças na mão em pleno local de trabalho (que deve acontecer mais vezes do que sonham!).

Mas em "Entrega-te ao Amor" somos brindados com uma história que, na minha humilde opinião, ficaria esplêndida com mais umas 100 páginas. Conhecemos Brooke, uma agente imobiliária verdinha mas cheia de garra em plena Nova Iorque, que tem pela frente um novo desafio, servir de intermediário entre a actual empresa e uma multinacional da área. O que ela não sabe é que o encontro, que diga-se de passagem foi no local mais inconvencional para o efeito (uma casa de strip), era mais uma entrevista de trabalho do que uma reunião. 
E como um mal entendido nunca vem só, assim chegou Jett, atrasado, com um ar pouco profissional e pronto a desabar com o mundo (e o discernimento) de Brooke. Considerando-o apenas um intermediário, cedo lhe virou as costas, não deixando de cometer alguns erros crassos pelo caminho, determinando desde cedo o rumo da história.
E daí em diante os acontecimentos precipitaram-se pela via rápida, muito ao ritmo nova iorquino mesmo quando, sem saber bem como, Brooke se vê contratada e num voo para Itália onde irá trabalhar temporariamente como assistente do dono da empresa. E essa é parte da história que vocês estão desejosos de saber por isso não vos vou adiantar mais detalhes para não estragar o gostinho de conhecer a história em primeira mão.

O que começa com um simples acordo entre dois adultos conscientes e que se desejam, rapidamente se torna em algo mais, algo que tem tudo para desafiar as convenções das relações que devem ser estritamente profissionais mas ao mesmo tempo, algo que a mais pequena mentira pode destruir por completo.
Qual será o segredo capaz de arruinar os planos de Brooke e Jett?
Qual será o acto considerado imperdoável? Existirá futuro quando temos interesses financeiros à mistura?



Gostei de me ver novamente em Itália e acho que vou fazer disso um requisito para os livros que leio. Desta vez somos brindados com uma chegada a Milão e uma estadia no Lago Como. (Eu ia já de férias!)
Mas embora tenha gostado da leveza da história acho que foi tudo muito rápido. A escrita da Jessica C. Reed é fluída e sensual mas é como se todos os momentos fossem descritos superficialmente, mesmo os mais intímos entre Brooke e Jett. Gostei das suas histórias pessoais, gostei da química entre ambos mas senti que no fim levamos uma chapada em muitas poucas folhas, o que nos deixa uma certa necessidade de começar a ler o outro já de seguida, para saber se os planos nos fazem ficar em Nova Iorque a apanhar pedaços ou rumar a Itália e começar um novo capítulo. Começo a achar que um mini teaser na bandana final era o que bastava para saciar o leitor ou então, aguçar mais a sua curiosidade.

Quero saber mais sobre a história de Brooke e Jett! 
Quero voltar para o Lago Como!!

Uma novidade

Créditos Fotográficos : Neusa do Vale Photography

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