"Eu, Alex Cross" é, tão depressa, acelerado e contagiante, como, ternurento e emocional, chegando a tornar-se claustrofóbico, quando pensamos que tudo pode correr mal, mas Alex Cross é Cross, único e heróico e não permite que nada se cruze no seu caminho. Alex Cross já não só desafia a sua própria morte, ele evoluiu, ele é superior, quase como que dotado de poderes sobrenaturais, conseguindo recuperar até os quase irrecuperáveis.
Não, não me refiro a Caroline Cross! E aliás, o desfecho da história e a forma como o criminoso sucumbe é brilhante pois afasta esse manto de considerarmos sempre Cross como eterno herói e justiceiro.
Curiosos?
Leiam. Patterson é infalível, se bem que esta saga, assume neste volume contornes muito mais pessoais do que os anteriores. E em algumas coisas, o enredo assemelha-se ao de "A Amante", pelo menos chegámos a algumas dessas conclusões, aqui entre conversas de leitures assíduos de Patterson.
É quase como se a "perseguição" às altas patentes e nomes influentes e até ao próprio governo americano fosse sempre o objectivo final. Os serviços secretos e os seus agentes e claro o núcleo presidencial.
Se era de desconfiar!? Talvez. Tanto interesse deveria levantar suspeitas, ainda assim, julgo não dar quaisquer spoilers.
O detective Alex Cross, o Sherlock Americano, é também um chefe de família, uma família que faz parte da estabilidade e do empenho que o detective coloca em tudo. No entanto, há um pilar, uma estrutura que aguenta tudo, uma ligação tão forte que Cross não pode perder, não agora!
Desde o filme protagonizado por Tyler Perry que, para mim, deixou de fazer sentido idealizar outro personagem, outro rosto. Se bem que aqui o foco ajusta-se mais à envolvente, aos restantes personagens que vão surgindo e claro no caso. O que não deixa de ser interessante e me faz pensar: porque será que mesmo com tantas séries de policiais e criminologia não há lugar para um com esta saga protagonizada por Alex Cross, até porque os assassínios, alguns, continuam a voltar.
Como diz a célebre frase:
Os maus voltam sempre!
Se em vez de filme, acontecesse uma série deveria ser mais um fenómeno de massas, assim num misto de cruzar os detectives de Private como os de NYPD Red, em casos específicos de Cross... e os livros que surgem de parcerias dariam episódios especiais... Um Jerry Bruckheimer seria perito em fazer disto um sucesso! Já estou a imaginar... algo que oscilasse entre o lado emocional de "Cold Cases" e o lado tecnicista de "Criminal Minds". Portanto, que tal reunirem o Patterson, Bruckheimer o e ainda a Meredith Stiehm. De quem é o badalado "Homeland" e da qual ainda quero ver "The Bridge".
As nossas leituras:
Série Alex Cross:
«Alex Cross, Perigo Duplo» -
Opinião
Série Private c/ Maxine Paetro
- PRIVATE - Principal Suspeito ::
Opinião
Série NYPD Red c/ Marshall Karp
- NYPD Red: À Margem da Lei -
Opinião
e ainda:
Opinião Caracol Literário - em breve
Um leque de leituras que aqui foram devoradas com o apoio: