Conhece a história verídica de Aron Lieb? Se não, é isso que Susan Kushner Rednick propõe com este "Também me salvaste".
Há em torno deste livro toda uma enorme história de denúncia, mas também de superação, de horror, mas também de compreensão, de amor, mas igualmente de amizade, respeito e partilha.
São duas histórias que se cruzam, que se entrelaçam e que nos deixam curiosos com o desenrolar da história.
Podem haver que se foque mais no lado romântico e de superação. Ou quem se incomode mais com o lado humano, ou desumano, com os relatos do sofrimento da guerra e dos episódios dos campos. E pode ainda o leitor olhar a todo o complexo aqui narrado como um acontecimento peculiar e retirar daí os ensinamentos que a sua própria história pessoal lhe permita.
É um livro que, por certo, mexerá com cada leitor. Como testemunho já não me espanta, devido à quantidade de outros testemunhos lidos. A parte mais romanceada agradará a muitos leitores, talvez para mim não seja tanto do meu agrado, mas ainda assim, foi outra forma de olhar às vítimas do Holocausto sem ser só pelo relato das atrocidades.
A forma como está escrito, entre um registo de carta, mas também como quase um diário, pode por vezes ajudar o leitor e dinamizar a leitura ou pode, por vezes, tornar-se cansativo pela constante alteração de datas. É praticamente compreensível o porquê e dá um contorno ainda mais realista ao relato.
Sem dúvida, uma leitura que agradará a muitos, talvez mais do que a mim, ainda assim foi uma outra perspectiva.
Uma leitura com o apoio da Sinais de Fogo
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