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Não faço retrospectivas de tudo e nem todas faço com (muito) gosto, no entanto, confesso que traçar linhas sobre o que decorreu no ano, balanceando os resultados, é sempre uma forma palpável e concreta para ingressar um novo ano com as perspectivas mais direccionadas. Não sei se me faço entender. Fazer balanço acarretar diversos tipos de sentimentos.
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Ficam então aqui o registo daquelas que foram as leituras deste ano, com alguns livros ainda por comentar, tais como: No céu não há Limões; a tetralogia de Valter Hugo Mãe, Os olhos de Tirésias e Jerusalém. Tenho ainda quase todos os livros de Afonso Cruz por comentar... Sendo assim, foram mais de 70 bons momentos de encontro entre a leitura e a escrita... Sem esquecer todos os quilómetros que palmilhei, a pé por aqui e ali, durante este ano, como por exemplo a "peregrinação" a Fátima onde li Feliz Idade (agora já com review!).
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Uma surpresa deliciosa, pela escrita, pela pigologia. Uma história aterrador e desconcertante e ainda assim bela.
- Breviário das más inclinações, de José Riço Direitinho - Opinião
Um total destaque dentro do género que o caracteriza, superior em tudo. De topo, senão o topo.
- "Tenho o direito de me destruir", de Kim Young-ha - Opinião
Subintitulei-o de "a esquizofrenia de querer ser um deus", mas ficou aquém, eu queria mais e queria-o macabro.
- A Vida Peculiar de um Carteiro Solitário, de Denis Thériault - Opinião
Existem livro feitos para nos desafiar, este é um desafio. Há algo a Oriente que me falta entender e percepcionar para atingir a beleza de desafios literários surreais como este.
- A peregrinação do rapaz sem cor, de Haruki Murakami - Opinião
Se não fosse a leitura de Stoner não teria conseguido enfrentar o retorno à melancolia murakamiana. Valeu todas as horas. Aliás, ambos.
- STONER de John Williams - Opinião
No topo dos livros deste ano. A resiliência e a vontade de persistir, insistir, resistir. Viver.
- UM, DÓ, LI, TÁ... de M. J. Arlidge - Opinião
O policial que mais me arrepiou neste 2014. O vencedor.
- "dizem que sebastião" de João Rebocho Pais - Opinião
À espera de mais para confirmar o gosto pela escrita curiosa e saltitante de JRP.
- Haatchi & Little B, de Wendy Holden - Opinião
Um livro que mostra a minha vontade de abraçar a causa e adoptar e voltar a ter um patudinho.
- "Eu. Alex Cross" - James Patterson - Opinião
De volta aos policiais acelerados e "limpos" de Patterson.
- "Saber Perder", David Trueba - Opinião
A confirmação de que Trueba é para ler, se bem que não começámos com o pé direito em 4 Amigos.
- "Quatro Amigos", David Trueba - Opinião
Não escondo, não foi fácil prosseguir na leitura, mas foi um bom exercício de férias.
- A Mulher Má, de Marc Pastor - Opinião
Um livro que podia roçar o mais negro universo da mente humana, caso o autor não tivesse medo de chocar.
- "A Mulher Louca", de Juan José Millás - Opinião
Uma loucura enredada em lições de gramática. Soma pontos na originalidade.
- Valentina, o lado obscuro do desejo - Evie Blake - Opinião
Para aumentar o fogo debaixo dos lençóis e virar a página no fetichismo.
- Leituras, d. Arena - Saúde, Nutrição e Dietas - Dr. Hiromi Shinya e Ana Bravo - Opiniões
Na busca constante por mais informação. A alargar horizontes para uma alimentação alternativa, mais saudável, mas se possível mais elucidada.
- Um Homem Singular, Christopher Isherwood - Opinião
Dos favoritos. Singular na forma como nos faz sentir o personagem e "pedir" por ele.
No filme, é impossível não gostar de Colin Firth.
- A Confraria do Vinho, de John Fante - Opinião
A confraria de bêbados e drogados, alucinados pela falta de amor paternal e de alguma liberdade de comunicação. Um livro simples, cru, mas muito eficaz.
- A Delicadeza, de David Foenkinos - Opinião
A delicadeza de passar de recordação e, recordação e com elas aprender a viver e a amar outra vez. É essa a "lição" entre as duas leituras. (As Recordações, leitura 2013)
- A vida segundo María Jesús Álava Reyes, leituras e opinião - As três chaves para a felicidade
Os livros de auto ajuda vivem de fases. E esta não será a melhor fase para os ler e encarar com pragmatismo.
- Natureza Morta, de Louise Penny - Opinião
Policial à antiga. Há um certo classicismo nos policias que não em atraí. Tem de haver sangue. Hora de chá para discutir provas não me convence.
- INVISÍVEL, de James Patterson e David Ellis - Opinião
Gostei. A ideia do fogo e da dor levada ao extremo em leituras nocturnas no meio do campo ainda me fez transpirar. Confesso.
- "Um grito de socorro", de Casey Watson - Opinião
Crianças, cães e necessidades educativas especiais, excelente tríada para me agarrar a um romance ou caso real.
- Morte numa noite de verão, de K. O. Dahl - Opinião
A confirmação, à terceira. Os nórdicos não são todos para o meu dente, nem mesmo em policiais.
- "MAL NASCER" - o regresso de Carlos Campaniço - Opinião
A confirmação. Carlos Campaniço é um autor a seguir.
- "Sono", de Haruki Murakami, Opinião
Preparem-se para se sentirem com sono. Se essa era a sensação a provocar, Murakami conseguiu. É de génio dar-nos o clima sonolento para compreendermos e pensarmos na privação física e mental provocada pela insónia. É o universo Murakami em pleno, nas divagações da mente e na busca para as compreender.
- Morte nas Trevas, de Pedro Garcia Rosado - Opinião
Queremos mais de PGR, mais sangrento, mais acutilante. A voz do policial português em locais bem próximos de nós que aumentam e adensam o ambiente que se vive nos seus enredos. A seguir.
- "Biografia Involuntária dos Amantes" - o retorno aos livro de João Tordo - Opinião
O retorno a Santiago de Compostela pelas palavras de João Tordo. E o regresso à sua escrita pelo universo alucinado de um altruísta no mínimo estranho, mas intrigante.
- Uma outra voz, de Gabriela Ruivo Trindade - Opinião
Uma "voz" que espero voltar a ler. É a total confirmação que o Alentejo espelhado na literatura me cativa muito.
- "As Coisas Que te Caem dos Olhos", de Gabriele Picco - Opinião
Depois de Mathias Malzieu, outro universo ilógico encantatório. A prova de que gosto de fantasia, em toques infantis e surreais, mas dentro da nossa realidade.
- A Mecânica do coração» de Mathias Malzieu - Opinião
Para minha surpresa não me encantou tanto quanto o anterior. Acredito que o autor tem vindo a apurar o seu Universo. E aqui senti o peso de uma má tradução, de uma tradução que não se preocupou em compreender o universo do autor/enredo.
- "Marginal", de Cristina Carvalho - Opinião
Numa linha em que apostei este ano. Autores lusófonos e pré e pós 25 de Abril. Em Marginal encontrei um lado jovem.
- "Até que sejas minha", de Samantha Hayes - Opinião
Um thriller em tom feminino, com foco no feminino. A demência da maternidade num limite desumano.
- Índice Médio de Felicidade - David Machado - Opinião
Um livro para abrir uma conversa entre amigos e discutir. Pensar em muitos assuntos actuais entre um copo de vinho.
- "Mar Humano" de Raquel Ochoa - Opinião
Um livro meio desequilibrado que me fez pouco sentido. Há muito que não me liga a ele e menos ainda o fim.
- História de um caracol que descobriu a importância da lentidão, de Luís Sepúlveda - Opinião
A segurança e a beleza da fábula em tom infantil e inocente. Há magia.
- "Firmin" de Sam Savage - Opinião
Um, dois, três. Três delícias, três monólogos hilariantes pela autoria de Sam Savage, Mas nada bate "O Grito da Preguiça"
- "Victoria" de Knut Hamsun - Opinião
Entender os clássicos ou compreender o impacto que têm na literatura!? Vou aguardar Fome para me apaixonar por Hamsun, pois com este, apesar do amor, não aconteceu.
- "Intempérie" de Jesús Carrasco . Opinião
Nem sei bem que diga. Um enredo atordoado como o personagem. Houve algo que me confundiu neste romance que não me deixou rendida e não sei bem o que foi.
- "Sou Um Clandestino" de Susana Tamaro - Opinião
Voltar aos autores de juventude tem sempre um certo saudosismo, tal como este clandestino. Uma excelente metáfora para a duplicidade da vida.
- "Livro sem ninguém" - Opinião
Livro sem ninguém... um livro cheio de rastos de gente! Mas falta muito para ter de tudo ou conter o vazio. Conceito complexo.
50 páginas deliciosas, quase 100 de tédio.
- "A volta ao medo em 80 dias" - Opinião
Simples, tocante, com sentimentos e sem medo de os mostrar. Um relato do medo como motor de retenção de um povo.
- "Infravermelho" de Nancy Huston - Opinião
Um livro a repetir. Um guia para uma viagem às Tosca e uma introspecção feminista.
Ter ganho o prémio para o livro com a pior cena de sexo é em si hilariante e demonstra todo o sentido de humor que o livro espelha.
- "A casa de papel" um livro de culto! - Opinião
Um pequeno deleite para os leitores. Um guia para futuras leituras.
- "A mulher de verde" de Arnaldur Indridason - Opinião
A violência doméstica tratada com a frieza do clima nórdico. Um enredo que volta a trazer o estigma das crianças nascidas de relações consequentes da segunda grande guerra, como já antes fiquei desperta pelo relato em "A vida com alpendre de vidro cego." (opinião)
- "Perfumes", de Philippe Claudel - Opinião
Não há vez que agora faça pêras bêbadas que não me recorde das descrições da canela e de outros traços familiares. Há cheiros que acompanham a nossa vida. Há toda uma vida própria dos cheiros que nos acompanham.
- ROSA CANDIDA - Opinião
Os nórdicos andam com saldo negativo. São mais os que não me cativam na sua totalidade. Rosa Candida tem tanto para dar certo, mas há uma certa inocência e infantilidade nos gestos que desacreditam o livro.
- "Os Memoráveis" de Lídia Jorge - Opinião
Tal como já referi na crítica. Os Memoráveis são um hino. Uma ode, ao povo, à revolução, à força de uma geração.
- "O melhor lugar do mundo é aqui mesmo", Opinião
Para me recordar o quanto gosto de algumas singsongwrites. E para me despertar para haikus.
- "A Fenda", Doris Lessing - Opinião
A intrigante exploração de Doris Lessing pelo mundo da concepção sem homens. Estranho, intrigante, irritante e até certo ponto meio non sense. Não foi uma boa estreia com esta Nobel.
- "Principezinho põe a gravata" de Borja Vilaseca - Opinião
Porque todos crescemos, mas por vezes precisamos de um pouco de magia. Um enredo que roça (em muito) o inverossímil.
- "Os Transparentes", de Ondjaki - Opinião
Um livro. Uma música. Um quadro, um cenário. Ondjaki recria com palavras a Angola que imaginamos. Traz sonoridade, cheiro, dialecto, calor... o resto, são adereços.
"(...) desorientado por vocação, acordava cedo para ter mais tempo de não fazer nada."
- «Que importa a fúria do mar», de Ana Margarida de Carvalho - Opinião
O Tarrafal com uma história de amor... pergunta-nos: será o amor o pilar da nossa luta, da nossa resiliência?
- «Brincar com coisas sérias» - Opinião
De volta aos tempos de escola. Nada mais.
- A Rainha dos Sipaios, de Catherine Clément - Opinião
Da Índia com amor, mas não me encheu o peito. Continuo a preferir a história das religiões explicada a Theo.
- BOM CAMINHO, de Fausta Cardoso Pereira - Opinião
Não fui a Santiago, mas calcorreei o Caminho de Fátima desde a porta de casa ao Santuário. E compreender que o mundo por vezes se resume a um par de botas, conteúdo da mochila e quem connosco divide alegrias, dores e kms, é tudo o que de melhor há. É mágico.
- "Um piano para cavalos altos", de Sandro William Junqueira - Opinião
Uma estreia. Um formato totalmente inovador e desconhecido até agora. Um cenário frio e negro. Dividido.
Esperei o próximo para me prender e tal aconteceu. No Ceú não há limões foi um dos meus livros de 2014.
- "O Deserto dos Tártaros" de Dino Buzzati - Opinião
Uma chapada sem mão para revelar o quão desértica podem ser as nossas vidas. Um livro em que voltei a pensar várias vezes este ano. Um marco.
Haverá ainda "tempo para falar" de (mais) casos ocorridos durante a 2ª Grande Guerra?
É "tempo para falar" e reavivar o passado?
Onde reside a força para revelar tais memórias angustiantes e apavorantes?
- A Segunda Grande Guerra em literatura juvenil :: Editorial Presença - Opinião
Um excelente livro para ler em família. Aliás dois!
Juntar o filme "O rapaz do pijama às riscas."
- «A Caça» de James Patterson - Opinião
48h de leitura acelerada. Repetindo a dose do ano anterior. Patterson é sempre seguro.
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75 bons exemplares de como praticar a Livroterapia!!
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