MIM admite que não está bem. Detesta o sítio onde vive, apelida-o de mosquitolândia, não compreende o pai, não aceitaa madrasta, não se conforma com o silêncio da mãe nem com os pensamentos divergentes que lhe surgem na mente.
"Viagem à procura de mim" não é um livro de auto-ajuda, como me perguntaram enquanto o andava a ler. Também não é um livro sobre viagens.
É um livro sobre a MIM, assim acronomizada pela própria personagem, Mary Iris Malone.
No entanto, é um livro sobre a viagem de MIM em busca de respostas, dentro da sua cabeça e na sua vida.
Porque quando não estamos bem e nos sentimos perdidos, é normal que partamos em busca de nós próprios e do sentido para as partes que cada vez menos fazem sentido.
Confuso?
É assim o nosso cérebro e ainda mais o de MIM.
Então MIM parte, parte em busca de MIM, de si, de respostas, da mãe, de um sentido para a desconexão que sente dentro de si.
Um livro que pode ser grandioso, com as suas personagens peculiares ou soar como um daqueles filmes de culto que toda a gente diz ser espectacular mas que deixa muitos de nós com aquela ideia do "que raio estou a ver?".
"Viagem à procura de mim" é daqueles livros que apelam à miúda de 16 anos que há em mim e que se lamenta não ter lidos certos livros na idade correcto mas que ao lê-los agora, com o dobro da idade, entende que talvez tenha chegado tarde de mais.
Por aqui "Viagem à procura de MIM" não funcionou :(
Por vezes nestas viagens à procura de algo, nem sempre encontramos o que buscamos.
Eu procurava algo que não sei bem o que era. O que me foi apresentado, embora diferente e inovador, não me conquistou.
Digam-me....o que me passou ao lado neste livro?
Aguardo novidades.
Até lá, deixo ficar música que me passou pelos estreitos a meio da viagem de MIM
No entanto, estou curiosa para terminar a leitura do recente livro de David Arnold.
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