Oh meu Dixon, perdão, oh meu Deus!
Quando pensamos que não haverá mais livro erótico que nos surpreenda lá vem um que zass, dá-nos uma palmada.
Se pensavam estar a salvo, prontas para colocar os livros eróticos na prateleira e dedicarem-se a leituras mais castas e comedidas, era só porque não sabiam que o Dr. Dixon Mathews estava a aceitar consultas.
Marque-me já uma hora, Sr. Dr. Dick..Dixon!
Conhecemos o Dr. Dixon e quase que o conseguimos imaginar sentado no seu consultório. Bonito, de fato, óculos de massa, olhar e ouvidos bem atentos à paciente carpideira que abre o coração e a mente na sua consulta. No entanto, por detrás daquela aparência cuidada e profissional viaja uma mente perversa, que está a ouvir e a maquinar sobre a maneira de tirar proveito para si próprio da oferta feminina ao seu redor.
Podemos até dizer que a nossa primeira impressão sobre o Dr. Dixon é que não passa de um grande filho da mãe mas rapidamente, assim fiel ao "primeiro estranha-se, depois entranha-se", começamos a compreender o seu pensamento e o rumo que o levou até ali.
A vida deitou-o por terra nos últimos doze meses e é a chafurdar que se sente bem. Perdão, é a chafurdar na miséria dos casos fortuitos e desinteressados que vive o dia a dia mas nem por isso anda bem, feliz ou satisfeito. Depois de ter o coração trespassado pela traição, Dixon dedicou-se ao restaurante humano que Nova Iorque consegue ser quando se é um homem bonito, interessante e desprendido. Verdade que podia ter optado por se encerrar nas masmorras da solidão dos que foram deixados mas que graça tinha isso? Se é para esquecer e sofrer que seja a fazer algo que se gosta, seja a comer, beber ou f....bem, vocês perceberam.
Mas certo dia, pelo meio do desfile de pacientes com os mais variadíssimos problemas e mulheres que não são mais que um remédio para a comichão, surgem à sua porta e na sua vida, Juliet e Madison.
Como um anjo e um diabo sentados no seu ombro, estas duas não podiam ser mais diferentes. Uma sedutora, descarada e desprendida tal como Dixon, a outra um diamante em bruto de beleza, inocência e sedução inatas.
Estará Dixon finalmente preparado para dar rumo à sua vida?
Será que tem consciência do caminho tumultuoso que vai iniciar com a entrada destas duas mulheres na sua vida?
Será a opção cega de satisfazer o corpo superior à escolha de derrubar a barreira que se ergue em volta do seu seu coração?
Para alguém que tenta compreender os problemas dos outros, Dixon sabe pouco como se desenvencilhar dos dramas que o assombram. Ou melhor, saber até sabe, mas faz todas as opções loucas até lá chegar.
E com a companhia dos seus pensamentos desviantes e os conselhos dos seus dois melhores amigos, isto ainda foi melhor que eu pensei inicialmente.
Descarado, sensual, louco, divertido e emocionante. Este "Viciado em Pecado" é exactamente o que eu andava a pedir quando afirmei, entre leituras e opiniões, precisar de uma pausa dos eróticos.
Sim, sim, ele é rico e giro mas mais que isso tem dois dedos de testa, carinhoso e divertido, embora pense maioritariamente com a cabeça mais a sul que com aquela que lhe assenta sobre os ombros.
Mas estou rendida.
Quem é que eu andava a enganar a dizer que queria desistir?
Se o vício do livros eróticos existe, sou bem capaz de afirmar que sofro desse mal.
PS: o Dr. Dixon dá consultas ao domicilio em Italiano?
Se sim, eu envio já a morada. Tenho um vício para combater.
E posso combate-lo ao som disto...
Weeknd. Desta voz. Foi a primeira coisa que escolhi quando li a sinopse do livro. Acreditam?
Não interessa qual a música, a banda sonora de "Viciado no Pecado" é ao som da voz de Weeknd.
Uma mega aposta
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