Calma, não vai sair daqui uma roadtrip com "Extremo Ocidental" como guia. O nosso encontro foi apenas um acaso do destino e calhou as nossas coordenadas se alinharem.
Por escrito percorri estes mais de mil e tal quilómetros de costa a visitar sítios onde nunca fui, a reencontrar os areais que conheci toda a minha vida e a compreender que somos um país cheio de locais, histórias e pessoas interessantes para conhecer.
De norte a sul mergulhamos nas praias e nas histórias, quase que nos sentimos como se ali estivéssemos
e alguém sentado ao nosso lado, a sentir o mesmo sol e o mesmo vento, nos contasse tudo sobre si e o local em que nos encontramos. É assim, a saltitar costa abaixo e indo até Marrocos, que ficamos a saber que nunca houve um pessegueiro lá na ilha e que existem parques de campismo onde não se acampa.
Este "Extremo Ocidental" permite-nos conhecer um bocadinho mais da alma do nosso país, da sua geografia e a sua gente. Se antes falei de roadtrip em tom de brincadeira, aqui fica a sugestão:
Percorrer a costa de Norte a Sul de carro, mota, carrinha ou caravana (vá vou deixar o a pé e de bicicleta de lado sem ser contra) é uma óptima sugestão para as vossas próximas férias. Com este e outros livros como companhia, quem sabe não ficam a conhecer um lado de Portugal que desconhecem.
E por falar em livros, lá para o meio da Costa, algures antes de chegar a Vieira de Leiria somos presenteados com um episódio hilariante e que já me veio à memória algumas vezes ao longo deste verão, especialmente se vejo alguém sentadinho na sua cadeira a ler como se estivesse na santidade do seu lar. Todo o leitor sabe o pesadelo (mas também o prazer) que pode ser "ler na praia", excepto quando o mar nos prega uma partida ou calhamos numa praia cheia de gente barulhenta.
Boas viagens e boas leituras.
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