"Imparável, estimulante!", Harlan Coben
"Abbot escreve clássicos do suspense.", Lee Child
Quando li o primeiro livro deste autor, escrevi e destaquei uma frase que resumia muito bem o que senti quando li Jeff Abbott, frase essa que repito e completo:
Não sei se o MEDO, será o caminho para o PÂNICO, ou se passarei a CONFIAR EM MIM, só sei que estou em rota de COLISÃO e no final tudo se resume à ADRENALINA com que vives O ÚLTIMO MINUTO.
Romance, suspense, acção e drama são os livros que Jeff Abott escreve, são obras primas da velocidade e da intensidade com que o leitor sente e segue ao ler um dos seus livros. Com dois deles lidos, ambos comprovam perfeitamente isso mesmo. A rapidez com que a história flui, a perspicácia com que as personagens se entrelaçam, os enredos vividos ao momento, tornam os temas mais banais em feitos épicos.
Abbott prima pela escrita simples, mas devolve em cada palavra um momento enérgico, profundo, emocionante, sem cair em sentimentalismos, frases feitas ou sequer acções já comuns ou até esperadas pelo leitor.
Os diálogos são estudados ao detalhe, as palavras são apenas aquelas que falta ou dão sentido e deixam o leitor ganhar espaço e perceber o que ficou por dizer. As relações causam dualidade no leitor, fazem-no ser tendencioso... o desprezo, a ternura, a raiva... são sentimentos capazes de nos transportarem do enredo para a dura realidade, facilmente visível em qualquer periódico. A actualidade com que escreve é sagaz e muito bem interpretada e mixada com a dose certa de ficção.
"- Esta é a Taylor. (...)
-É uma miúda gira.
- Sim, muito.
- Quer dizer que nunca tiveste marido
- Já não estamos juntos. Hoje em dia prefiro lidar apenas com verdadeiros seres humanos."
***
"- Vais ter de a matar, Sam.
- A tua sede de sangue de facto não é atraente."
***
"- Podemos conversar um minuto?
- Um minuto apenas? (...)
- Não quero tomar-lhe muito tempo. Sei que está ocupada, mãe.
(...)
(...) agora não Jack, estou ocupada. Sim, querido, daqui a pouco verei o teu desenho, a mamã está ocupada (...) Ele recordava-se de lhe ter anunciado uma vez, quando tinha nove anos, que era o Embaixador da Criançónia, o país das crianças, e a mãe rira-se e abraçara-o, sem se aperceber de que ele estava a implorar a sua atenção."
***
"(...) os teus padrões são demasiado elevados - disse Lizzie. - Nem todas as maçãs têm de ser perfeitas, tens de lhe dar uma boa dentada para veres como são doces. (...) Meggie não ligou ao tom de fixação na voz da sua irmã. Com Lizzie era sempre assim: uma ideia abria caminho até à primeira linha da sua mente e depois fincava bem os dentes no cérebro de Lizzie, até ao fundo, sem a largar até ser apaziguada. As fomes da sua irmã eram obscuras."
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