quarta-feira, 9 de julho de 2014

"Até que sejas minha", de Samantha Hayes


"(...) ter alguém a quem amar ajuda muito a preencher o vazio que fica de não sermos amados." 



Absurdamente arrepiante é assim que posso encarar este thriller psicológico sobre a intensidade com que estas mulheres desejam e sentem a maternidade.
Cláudia uma mulher forte e para quem a missão de ser mãe é a maior meta da sua vida. Dócil, atenciosa, mulher de família, vê o sonho a poucos passos.
Zoe, misteriosa, enigmática, esforçada. Vive como seu o sonho de Cecília, a maternidade é um elo demasiado forte e não são só mães aquelas que geram vida.
Cecília, criativa, intensa e numa espiral densa e enredada face ao maior desejo da sua vida.
Lorraine, mãe e detective, uma mulher completa que se sente um autêntico puzzle humano, um (quase!) caco, preste a perder tudo.

Não é habito eu enumerar ou tentar explicar um livro, mas ainda assim, revelo muito pouco. E é pegando nas personagens que quero fomentar o interesse deste livro. É a intensidade e o quão fortes são que fazem deste um livro obrigatório.

Não revelo nada que quebre o maior enigma. A maternidade é a obsessão destas mulheres. Mas a maior bizarrice com que certos desejos - nefastos - corrompem o nosso lado mais humano, é isso que é assustador e alarmante.

Este romance de Samantha Hayes que apelidei de thriller psicológico é realmente «obrigatório» e «absolutamente brilhante». É arrepiante ao ponto de efectivamente nunca adivinharmos o final.
Se é para os fãs de Gillian Flynn eu não sei, já que ainda não li dela, mas se for a este ritmo e a esta intensidade, serei fã. Por enquanto, aguardo, inquieta, a publicação de "Antes que morras", também pela TopSeller.

Posso ainda dizer, e julgo que devo. O prólogo é obrigatório leiam-no aqui, e confessem: é irrecusável! Já só querem é lê-lo. Fugir para um canto e consumir. Devorar!

Livros que se devoram é capaz de ser o slogan mais sincero de um selo editorial.


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