Quando li o título deste livro lembrei-me daqueles artigos parvos nas revistas femininas que sempre abominei ler. Assim como nós no século XXI não precisamos de conhecer os passos para apanhar o Mr. Right, também Lady Callie não precisa de 9 regras para conquistar ninguém a não ser a si mesma e à sua confiança que faz uma década que anda perdida.
Lady Callie tem muitos passos para dar e o primeiro é o mais difícil. No entanto, uma vez que começa a andar, nunca mais consegue parar.
Conhecemos Lady Calpurnia (Grande nome, sim senhora!) no ano da sua apresentação à sociedade Londrina. O seu grande dote e história familiar não estão a fazer muito por si. Seja por azar ou por estar rodeada de estrelas que brilham mais que ela, Callie vai-se ofuscando de temporada em temporada até ficar relegada ao canto das solteironas. O único pensamento que lhe aquece os dias e as noites são os romances existentes na biblioteca familiar e o fugaz encontro com um infame libertino por quem secretamente acalenta uma paixão sonhadora.
Farta da monotonia e passividade da sua vida, Callie elabora uma lista de coisas que desafiam a sua condição como mulher e membro da sociedade da época. Entre fumar, beber e outras actividades aceites aos homens mas impossíveis de serem praticadas por uma mulher de bem, juntam-se os sonhos de uma rapariga que se sente ultrapassada, pouco importante e incapaz de despertar a atenção dos homens e em último caso, o seu amor (e o desejo de a tirarem da prateleira!)
E é essa lista louca que leva Lady Callie, pela calada da noite, à porta de Gabriel, Marquês de Ralston, o objecto secreto sua paixão.
Gabriel tem uma fama que o precede mas rápido se percebe que os boatos são um rastilho que arde rápido e descontrolado.
Irmão mais velho, por 4 minutos, do seu gémeo idêntico Nicholas, Gabriel é a cabeça da família e a chegada de Callie à sua vida, além de uma curiosa surpresa, é uma bem-vinda adição devido à sua intocável reputação.
Mal sabia ele que ela não caiu como um anjo enviado do céu para o ajudar mas sim como um diabinho disposto a dar os seus passos em direcção à aventura que tanto tem faltado na sua vida e que pode ser o caminho sem retorno para arruinar a sua reputação e consequentemente a de mais alguém à sua volta.
Oh estes dois...que belíssima aventura vão viver.
Um pouco à laia do "se não a podes vencer, junta-te a ela", Gabriel não deixa Callie sair do seu radar.
Sempre munidos com as suas armas, vão-se encontrando com decoro em sociedade mas com fogo e paixão nas teias da má fama onde uma senhora não tem direito a estar.
Grande Callie...quer fumar, beber e jogar cartas num covil de homens e arranja maneira de ser bem sucedida.
Terminei a leitura e escrevi esta opinião no Dia Internacional da Mulher e embora não ache, nem de longe, que precisamos de um homem para nos definirmos, aprecio o seguinte:
Eu devia ser uma boa leitora e fazer render o peixe mas o próximo livro é de Nicholas, o mano gémeo e um espécime bem interessante
Pergunta...para quando a mana? Essa é que vai ser!!
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