A mente é um lugar sinuoso, cheio de canto e recantos, de lugares negros e outros onde a luz é tanta que é capaz de nos cegar.
Se existem tantos detalhes capazes de desaparecer da nossa mente, será que há possibilidade de desapareceremos dentro de nós mesmo?
Conhecemos Greta a balouçar num barco ao sabor das ondas. O marido e a filha foram passear numa ilha ao largo do Lago Maran onde se encontram a passar um dias. Mas o tempo passa (minuto, horas, dias?) e Alex e Smilla não voltam.
Começa assim a viagem turbulenta na companhia da mente, nem sempre clara de Greta.
Presa por uma âncora do passado, muitos são os detalhes difusos nos acontecimentos presentes.
Quando desapareceram Alex e Smilla ?
Porque não voltaram para casa?
Porque é um erro ir à Polícia?
Como assim Alex e Smilla não são seu marido e filha?!
"Desaparecidos" é um thriller psicólogo que nos dá a volta ao miolo. Por norma não é o meu tipo de livro. Dei comigo a fantasiar com os possíveis desfechos, com as culpas e os culpados mas acabei por estar um pouco ao lado da verdade.
Uma leitura interessante, que nos intriga, que nos faz colocar a mão na cabeça e acima de tudo nos faz compreender que há acontecimentos na nossa vida que nos moldam para sempre.
Quando menos esperamos que os pontos se liguem, eles iluminam-se perante os nossos olhos e deixam-nos a pensar em tudo o que sabemos e lemos para trás.
"Desaparecidos" é pequeno mas cativa amantes do género, isto se não descobrirem o fim antes de chegarem a meio.
Uma novidade
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