José Eduardo Agualusa tem o dom da palavra, tem o dom de me fazer rir com determinadas combinações de palavras e a forma indescritível de como combina certas ideias, é isso que se passa num dos seus mais recentes livro,"Um pai em nascimento", onde se coloca perante uma profunda dúvida - "quando nasce um pai?"
"Em que é que um filho modifica a vida de um homem?"
"Estava preparado para muitas perguntas, mas não para aquela. (...) Modifica, claro. Em primeiro lugar, um filho devolve-nos a inocência perante a vida - as crianças inauguram o mundo em cada dia e ao fazê-lo ensinam-nos a vê-lo, novinho em folha, como se também nós voltássemos a ser recém-nascido."
Em curtas histórias e pequenos relatos, Agualusa relata as suas inquietudes, preocupações e alegrias que partilha com o seu recém-nascido - "(...) a infância é o que conhecemos mais próximo da eternidade."
Dá (quase) vontade de ter um filho!
A leitura é uma viagem por palavras nacionais, estrangeiras, umas cultas, outras menos, umas mais rebuscadas, outras simplificadas, algumas levam-nos às lágrimas, muitas delas às gargalhadas e as melhores, aquelas que nos deixam abismadas, tamanha é a profundeza da ideia, da genuinidade expositiva, onde a simples contemplação daquelas palavras nos deixa assim: sob o Efeito dos Livros!
sexta-feira, 9 de julho de 2010
«Um pai em nascimento» de José Eduardo Agualusa - Opinião
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