A leitura é uma viagem por palavras nacionais, estrangeiras, umas cultas, outras menos, umas mais rebuscadas, outras simplificadas, algumas levam-nos às lágrimas, muitas delas às gargalhadas e as melhores, aquelas que nos deixam abismadas, tamanha é a profundeza da ideia, da genuinidade expositiva, onde a simples contemplação daquelas palavras nos deixa assim: sob o Efeito dos Livros!
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
«Contigo para sempre» de Takuji Ichikawa - Opinião
Um livro destes, só podia dar uma critica destas, espero que gostem!
Experimente juntar Mio, Yuji, Pooh, Nombre, Takkun
Uma camisa com nódoas, uma casa desarrumada
Uma fábrica em ruínas, a época das chuvas e um passeio na floresta...
Junte ainda o planeta arquivo, uma máquina do tempo
Adicione o NADA... ou então subtraia
Pense no tudo como o nada
Não se esqueça do instante, do absurdo, dos limites e da imaginação...
Pense na morte, sinta a vida, pense na família e sinta-se a perdê-la
Junte uma pitada de sonhos, numa mão bem fechada
Aperte, esprema ... mas não sai nada!?
Empurre o asfalto com força, corra, fuja
... vá, mas volte SEMPRE!
Experimente um elefante, em cima de uma teia de aranha
Sinta a saudade na ponta dos dedos
Some mais um cromossoma
Tire alguns parafusos
Faça um desenho torto, mas atinja a perfeição
Encontre o seu Doppelgänger
e caminhe no baú dos medos
erga o olhar, sinta o medo
relaxe por um segundo
toque-se, sinta-se e veja se é verdadeiro!?
Atire-se e aconchegue-se, aproveite
não é por ser vago que lhe fará mal...
despropositado!?
e então!?
meta as asas na imaginação e VOE
...
e lembre-se... vá, mas volte.
*
excerto de "Contigo para sempre" de Takuji Ichikawa com edição da Presença
"Eu era um pinguim, a voar pelo céu.
Seguia subindo atrás dela, mais alto do que alguma vez havia imaginado.
Até perto das estrelas.
Vistas lá de cima, as coisas imundas da Terra, as coisas feias e tudo aquilo que fazia o coração sofrer, formavam uma manta de retalhos lindíssima.
A felicidade era isso.
Depois ela partiu e eu continuei a ser um pinguim."
*
«As coisas que parecem normais são ficção e as coisas que parecem impossíveis são verdade», palavras do próprio autor.
BOAS LEITURAS
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