A leitura é uma viagem por palavras nacionais, estrangeiras, umas cultas, outras menos, umas mais rebuscadas, outras simplificadas, algumas levam-nos às lágrimas, muitas delas às gargalhadas e as melhores, aquelas que nos deixam abismadas, tamanha é a profundeza da ideia, da genuinidade expositiva, onde a simples contemplação daquelas palavras nos deixa assim: sob o Efeito dos Livros!
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Os livros no Geocaching ;)
Fã de Geocaching ... mas com leituras à mistura ainda melhor.
Descoberta a geocache - Book Box - e se refere livros, nem há que pensar duas vezes, é ir e curtir.
Neste caso foi mais ir, picar... muito, muito, muito... e então depois os livros!
TROCAS:
- Manual de Coaching
- "De uma coisa tenho a certeza"
por:
Um livro de BD, um miminho para o Caracol Literário
e para mim "Uma abelha na chuva", uma edição de 1994. Em 97/98 deve ter sido mais ou menos quando comecei a ouvir falar dele, mas não sei se o li, em todo o caso lerei agora.
"Uma Abelha na Chuva" conta-nos as peripécias de Álvaro Rodrigues Silvestre, sujeito às “instigações” de sua esposa, D. Maria dos Prazeres Pessoa de Alva Sancho Silvestre. O livro começa com uma confissão de Álvaro e com a sua vontade de a tornar pública na primeira página da Comarca — uma redenção consigo próprio.
Esta história leva-nos à aldeia de Montouro num Outono chuvoso, onde conhecemos as personagens que rodeiam este casal e constituem a aldeia — João Medeiros, Padre Abel, D. Violante, Dr. Neto, o irmão Leopoldino, Clara, mestre António, sua filha Ana, Mariana, Jacinto (o ruivo), Marcelo, João Dias, e pelos quais ficamos a conhecer o Portugal provinciano de meados do século XX. Como afirma o autor, “Por onde a solidão a fazia resvalar. E o quarto tão frio. Talvez os ventos, os granizos do norte, as grandes chuvas. Talvez D. Violante. Mas sobretudo a velha casa de Alva, quando a miséria não chegara ainda e, atrás dela, os Silvestres. Agora é o marido labrego e doentio, as bebedeiras, o desencanto, isto. Quer melhores nortadas, D. Violante?”.
O escritor ironiza a sabedoria popular, o largo da aldeia quando acolhe um ajuntamento popular, ancestral, onde tudo se discute, onde tudo se decide num julgamento popular e, tantas vezes, tacanho. E a morte, que persegue Álvaro numa bebedeira de brandy, a morte que tolhe Jacinto e Clara, à chuva, persiste em vingar neste livro.
Este livro faz parte do Plano Nacional de Leitura, nas leituras indicadas para o secundário - ainda vou confirmar se o li.
Boas leituras.
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Uma abelha na chuva - carlos de oliveira
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