Sabem o que é iniciar um livro com as expectativas elevadas, certo?
Por vezes temos de esperar mais tempo do que desejávamos para ler um livro, ora porque outros aparecem primeiro ora porque ainda não tivemos oportunidade de o adquirir.
A trilogia Sem Fôlego de Maya Banks anda na minha mira faz largos meses. Tinha a escrita de Maya Banks em elevada estima e as críticas que lia sobre a trilogia fizeram crescer em mim a vontade de consumir a história de Gabe, Jace e Ash de fio a pavio.
Quando finalmente deitei mãos ao primeiro livro disse para comigo “espera pelas férias, aproveita o ócio do verão para desfrutar deste livro.”
Mal eu sabia que me iria sair o tiro pela culatra!
Desde a primeira leitura da sinopse que achei que a história tinha todos os ingredientes para o sucesso, ou pelo menos, para me conquistar. Era a velha fantasia da adolescência concretizada. Quem não teve uma paixoneta pelo amigo do irmão mais velho? Pelo primo do primo que não é nosso primo? Por aquele vizinho lindo de morrer que olha para nós e apenas vê a miúda de joelhos esfolados que deve proteger, não a mulher que quer ter nua nos braços. Eu também tive uma paixoneta dessas, identifiquei-me com a história! :) hey, era miúda, sonhar era grátis nessa altura, tanto como é agora (embora o sonho agora não me diga nada)
Se não tiveram uma paixoneta dessas, falta uma história para contar no vosso cardápio.
A Trilogia começa com a história de Mia e Gabe.
Mia perdeu os pais muito nova e teve como figura paternal e responsável pela sua educação o irmão Jace que desde muito cedo teve sempre o grande apoio dos seus melhores amigos Ash e Gabe. Enquanto o primeiro Mia via como mais um irmão, com Gabe tal não se passa. A paixoneta de miúda prolongou-se ao longo dos anos e a chegada à idade adulta em nada mudou o desejo de Mia. No pior dos casos, aumentou-a quando num momento sem igual Mia percebe que o desejo é reciproco. MAS É AQUI QUE ENCONTREI A FALHA!
Senti falta de conexão com Gabe, o que na realidade tira todo o sabor ao bolo. Por mais fatias que se coma, não enche e não satisfaz!
E embora tenhamos a noção que por detrás de toda a urgência e paixão que move Gabe há um sentimento antigo por Mia, eu não senti que tal seja demonstrado da melhor maneira.
As repetidas investidas “apaixonadas” de Gabe demonstram desejo, possessão mas há lá uma cena que me deu vontade de o espancar daqui ao inferno, tal foi a falta de respeito para com Mia, como amante e como pessoa amada. Para ser sincera, de todos os livros que li, aquela foi a cena que mais me arrepiou, quer pelo leve animo que Gabe teve ao criar aquele evento, quer pelo modo como o desenrolar dessa cena apenas confirmou algo que facilmente rotularia Mia daquela palavra muito feia que começa por P.
Mas mesmo desanimada com a história posso dizer que lá no fundo até gostei de alguma coisa.
O fim, esse foi o que salvou a história toda. A ligação entre Mia e o irmão é forte mas a cena que encontramos no final é cabaz de abalar o mundo de qualquer pessoa e bem passível de destruir a amizade que une Gabe, Jace e Ash. Confesso que dei por mim a gostar mais das últimas 30 páginas que de todas as outras para trás, o que arruinou com as minhas elevadas expectativas para a trilogia Sem Fôlego. Que Delírio me traga mais história da categoria destas últimas páginas caso contrário toda a minha obsessão com esta trilogia cai definitivamente por terra e de Maya Banks quero apenas os meus irmãos McCabe e esqueço tudo o que é contemporâneo.
Digam que o Delírio me vai arrebatar e que vou esquecer este primeiro livro. Digam-me que sim!
Uma trilogia editada pela
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