Desde que li o livro tenho estado em pulgas para ver o filme. Sabia que o facto de ter a Reese Witherspoon no papel principal e na produção do filme seria algo que contribuía imenso para eu vir a gostar do resultado final e não me enganei.
“Wild” (sim, nem falo do nome em Português porque o filme nem sequer vai chegar ao nosso país) está menos comercial do que eu julgava que seria, e acreditem, isso é bom.
No entanto, ao longo do filme senti que faltavam detalhes, coisas que sabemos do livro, como quem lhe deu aquela t-shirt do Bob Marley que passa a usar a meio caminho mas depois, se olharmos para um grande plano, para o todo do filme, percebemos que esses detalhes são pequenas pérolas exclusivas dos leitores e ficamos satisfeitos com o que passaram para a tela.
Potente é a palavra que melhor descreve a interpretação de Resse. A Cheryl de Reese está como a imaginamos, crua, revoltada com a vida, com a pessoa que se tornou mas em paz (intervalada por muitos palavrões) com o caminho que tem à sua frente, por mais duro que este seja. E os momentos chave estão lá, quer no PCT quer nos flashes do passado, especialmente aqueles que dizem respeito à mãe, extremamente bem interpretada por Laura Dern (aquelas duas nomeações aos Oscars foram bem merecidas)
Gostava que no filme se tivessem centrado mais no quanto foi complexo para Cheryl percorrer aqueles quilômetros todos sozinha, em sofrimento, tanto que por vezes nem dava para ter momentos de introspeção mas compreendo que o filme se centre mais no que a levou até ali, até ao caminho para um destino melhor mas vá, não vou pegar por aí porque realmente gostei do resultado final. Só queria mais Pacific Crest Trail. Bem, se quero mais, talvez a solução seja percorre-lo, certo?
PS: aquelas duas cenas que me fizeram tremer no livro estão lá muito bem retratadas no filme.
Relembro a opinião ao livro
Uma aposta da Editorial Presença
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