segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Balanço 2017 :: Leituras e estantes novas

Resultado de imagem para tons of books

Não é uma foto lá de casa, mas podia ser. Não tenho estantes a ladear janelas, mas podia ter. Optei por uma estante do chão até ao tecto e logo no início do ano. Não para alojar os volumes de 2018, mas antes reestruturar a biblioteca pessoal. Noutro espaço, já mais a terminar o ano, inspirei-me numa pseudo-árvore e fiz crescer uns ramos, parede afora, reciclei e inventei. Escolhi esta imagem por ter ali num canto uma máquina de costura antiga, tal como eu herdei uma, e que é a peça central de onde partem os ramos recheados de livros. Esses sim, vieram para alojar 2017. Ou seja, entro em 2018, novamente, a servir-me da secretária para abrigar os novos amigos. Um caos!!! ;)

*

Em 2017 li o bonito número redondo de 70 livros!

59 deles podem encontrar aqui, com opinião no Efeito dos Livros
Outros 10, encontram-se opinados no Deus me Livro, aqui
Há 1 perdido, por terminar de ler e ter direito a um texto, a saber: «A Guerra de Samuel», o livro póstumo de Paulo Varela Gomes, não por não ser bom, mas por ser tão diferente de «O Hotel», um dos meus livros de eleição de 2016 e que podem ler sobre ele aqui.

*

O post deste ano será diferente dos anteriores. Resumir e destacar é o importante. Por isso agreguei as leituras em três categorias e destaquei alguns autores. 

**

TOP 2017 

Sem ordem de preferência, pois são todos para ler e pedir mais. E são escolhas pautadas pela solidão, aquelas que fazem a minha lista de favoritos.

«O Pianista de hotel» de Rodrigo Guedes de Carvalho 

«A bofetada» de Christos Tsiolkas, seguindo as traduções da Tânia Ganho.

«Onze Tipos de Solidão», Contos de Richard Yates - vou querer tudo do Yates.

«YORO» de Marina Perezagua , uma excelente aposta da Elsinore

«Fora do Mundo» de Michael Finkel 

«O leitor do comboio» de Jean-Paul Didierlaurent :: Opinião 

«A Educação de Eleanor» de Gail Honeyman :: Opinião

«Uma conspiração de estúpidos» de John Kennedy Toole :: Opinião 

De Isabela Figueiredo, duas leituras
«A Gorda» texto de opinião na Roda dos Livros
&
«Caderno de MEMÓRIAS COLONIAIS» - Opinião

“Meio Sol Amarelo” | Chimamanda Ngozi Adiche 
no Deus me Livro, leia opinião aqui

«as coisas que perdemos no fogo» de Mariana Enriquez :: Contos


 ***

Os repetentes

Não podia deixar de salientar em primeiro lugar um dos meus escritores portugueses favoritos, João Tordo. Em 2017 foi ano de terminar a trilogia dos lugares sem nome, dando destaque ao «O Deslumbre de Cecília Fluss». E como esse não me chegou, requisitei um outro, creio que o seu primeiro livro, «O livro dos homens sem luz».

Também a repetir e porque ficamos sem palavras quando se lê «Impunidade», foi preciso comprar e ler, assim que saiu, «As pessoas do drama» de H. G. Cancela. Mas não há amor como o primeiro.

Voltei também a José Eduardo Agualusa, com o «A teoria geral do esquecimento». Sonhar sonhar e saborear uma África que só ele ou o Mia sabem descrever. 

Para me redimir, voltei a Siri Hustvedt e gostei muito mais deste «Verão sem homens» do que do, um tanto pedante, «Mundo Ardente».

Repeti ainda, M. J. Arlidge, um prazer - sem culpa - para alimentar o meu lado mais negro.


****

As estreias

Entre vários nomes que tenho abordado num curso de escrita que estou a fazer e que leio excertos e contos, há alguns autores que estão sempre em falta. E quanto mais se pesquisa, mais faltas temos. Tentando colmatar tais falhas li: O mais recente Man Booker Prize, George Saunders; o aclamado, Ian McEwan, de quem li «Sábado», por recomendação do João Tordo e que muito agradou; o eterno Calvino com as suas «Cidades Invisíveis»; o acarinhado A. P. Reverte que quem a Roda dos Livros é muito fã, mas que não me atraiu; a premiada Leila Slimani com «Canção Doce», nada doce por sinal; a estreante Sarah Perry que viu o seu livro premiado na Waterstones e marcou o lançamento da chancela Minotauro (Grupo Almedina) e ainda a estreia de Helen Oyeyemi em Portugal/Elsinore. Nos portugueses, conheci os romances de João Reis e Carla Pais, dos quais irei querer ler mais. 

3 comentários :

Rita Lopes disse...

Também preciso de uma estante nova. Queria muito ver umas fotografias da pseudo - árvore.

EfeitoCris disse...

veja aqui
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1763790003672596&set=pb.100001248416331.-2207520000.1519313605.&type=3&theater
deixo público para que possa ver

EfeitoCris disse...

e se quiser ver a original, a inspiração, foi esta:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1715223551862575&set=pb.100001248416331.-2207520000.1519313644.&type=3&theater