segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Opinião :: A Seleção de Kiera Cass

“A Seleção” das 35 pretendentes ao trono e ao coração do Príncipe Maxon demora largas semanas mas a leitura, para mim que me encontro constipada, demorou apenas umas horas num domingo particularmente preguiçoso.


Desde que fiquei a conhecer o zum zum em volta dos livros de Kiera Cass que desejava conhecer a história de America Singer, a miúda que não queria ser indicada para A Seleção.
Numa realidade distópica em que o que resta dos Estados Unidos é um jovem país monárquico chamado Illéa, conhecemos America Singer, a rapariga que faz os possíveis para se manter incógnita na sua posição social enquanto pratica a sua arte, ajuda a sua família e tentar encontrar a melhor maneira de se fazer valer por si própria enquanto mantém uma relação secreta com alguém abaixo da sua condição.
Com a criação desta nação, a sociedade foi estruturada em castas. No topo da pirâmide está a família real, sendo seguida pelas castas bem posicionadas na sociedade, quer em trabalho quer em condições de vida, para encontrarmos America na casta 5, a dos artistas que embora sofram privações não estão tão mal como as seguintes três castas, que terminam no fundo da pirâmide com a casta 8 que inclui os sem abrigos, os portadores de deficiências ou os bastardos abandonados à sua sorte.

America, ao contrário de todas as jovens da sua idade, não está interessada em fazer parte da Seleção que irá escolher um grupo de 35 eleitas a potencial princesa de Illéa porque o único homem que ocupa o seu coração vive a 5 minutos e uma casta abaixo de si. Aspen é a razão das suas alegrias e tristezas e uma série de eventos, repletos de orgulho e vergonha, levam America pelo caminho que nunca julgou querer percorrer, o que a leva ao Palácio.
E que rapariga nunca sonhou ser Princesa ou até mesmo Rainha?
Eu!
E America também!
Talvez por isso me tenha interessado na história e feito poucas pausas durante a leitura.
A atitude com que America embarcou na jornada que é a Seleção foi curiosa, um misto de indiferença, teimosia e “só estou aqui pela comida”. Mas o que me agradou mais foi a atitude perante o Príncipe Maxon, por quem começamos a torçer no momento que me conhecemos.
A presença de America no grupo de selecionadas, a sua curiosa relação com Maxon, os ataques à Monarquia e o combate interno para esquecer quem a magoou, tornam a nossa selecionada numa personagem interessante de acompanhar. Embora confesse que as vezes revire os olhos perante certas atitudes.

Sei que devia crescer e ir ler livros que não me façam andar a pensar “será que ela ficava melhor com o amor da sua vida ou com o homem que se tornou o seu melhor amigo e por quem nutre sentimentos”.
Um dia vou crescer, até lá. Venham de lá as Selecionadas, as intrigas entre elas, a competição pela atenção de Maxon, as dúvidas existenciais de America, a evolução de Maxon, o carácter desafiante de Aspen e a ELITE.

Sei que este talvez seja um livro em que se adora ou odeia. Tenho visto comentários tão opostos como o amor e ódio mas acho que cabe a cada leitor decidir se a história é simples e insípida ou simplesmente adorável.



O que interessa é que no final eu gostei, mesmo quando me surpreendi a mim mesma com o pensamento “raios, isto parece a versão palaciana do Hunger Games”. Na realidade, não deixa de ser um jogo e até tem uma heroína que não queria nada do que está a acontecer, um amor de antes, um triângulo amoroso, gente ordinária e que lhe quer mal, diferenças marcantes nas condições de vida da sociedade, uma história por detrás do romance e um Cesar, que aqui se chama Gravil Fadaye. Raios, realmente até se parece imenso com o hunger games! :) Hunger Games e aquele programa de tv que o solteiro tenta encontrar uma noiva entre as concorrentes, não faço ideia do nome. Ou nunca tivemos cá esse programa ? 

O que interessa é que aguardo a continuação da história de America, Aspen, Maxon e Illéa.
Aguardo o lançamento de ELITE :)

E quanto à série, ainda bem que foi cancelada, que valente porcaria.
Uma amostra do episódio piloto e mudaram a coisa que mais gosto no príncipe e na America...bah, gente das adaptações, quando vão aprender!?
Vejam isto e se já leram o livro, rebolem os olhos comigo.

:)
Até lá, leiam o livro
Uma novidade

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