terça-feira, 25 de novembro de 2014

Opinião :: "Para sempre, talvez" de Cecelia Ahern

Há livros que nos divertem, outros que nos aborrecem. Há os que nos fazem sorrir e os que nos fazem chorar. E depois, há os que nos fazem passar por essa panóplia de sentimentos para no fim nos deixarem emocionalmente devastados. 
Se numa parte da estante tenho livros que me tocaram num ponto sensível, então "Para Sempre, Talvez" tem lugar no grupo. Explicar porquê requeria mexer na minha vida pessoal, por isso, apenas desta vez, vou abster-me de comentar a história e cingir-me aos factos sobre Rosie, Alex e os anos que "Para Sempre, Talvez" aborda.

Foi interessante ler um livro unicamente composto por mensagens, chats, emails, cartas, postais e convites que acompanham estas décadas de acontecimentos marcantes na vida de duas pessoas que seguiram cada uma o seu destino sem nunca deixarem de pensar no outro. Uma amizade que veio desde criança e que ficou selada quando Alex se muda para Boston em busca de um futuro brilhante em Medicina e Rosie perde o norte na sua cidade natal de Dublin ao ficar grávida quando a sua vida estava apenas a começar.
Alex e Rosie conheceram-se durante uma vida inteira e gozaram de uma amizade pautada por grandes doses de honestidade, entendimento, carinho, apoio e distância física (visto terem o Atlântico a separá-los), no entanto, não houve um momento em que tivessem sido verdadeiramente sinceros com os sentimentos que nutriam um pelo outro, razão pela qual acompanhamos a sua história ao longo de décadas, por entre amores e desamores, casamentos, filhos, drama e humor, mas sempre separados.
É engraçado como várias histórias que conheço deste género sempre me levaram a pensar o mesmo. Bad timing! 
O sentido de oportunidade das personagens em expressar o que sentem nunca vem na altura certa, quando um está decidido em confessar o que lhe vai na alma, o outro está preparado para lutar pela estabilidade da sua vida periclitante com outra pessoa, e vice versa. E assim se passam meses, anos, uma vida. 
E levamos o livro todo a pensar...será que há um final feliz?
Será que o fim de uma coisa é realmente o princípio de outra? Ou por vezes temos de dizer chega e pensarmos na nossa felicidade em vez de colocarmos sempre os nossos pais, maridos e filhos em primeiro lugar?

Bem...
Desde que li PS Eu amo-te que tinha Cecelia debaixo de olho mas com este isto de comunicação escrita com que contou a história de Alex e Rosie arranjou uma fã.
Levou-me do riso às lágrimas com o virar de uma página e fez-me recordar que o passado é bom de ser recordado e o futuro é da nossa inteira responsabilidade e que não devemos esperar que a nossa vida se resolva por ela. 
E em honra do passado, deixo-vos música. 

Tinha uma playlist inteira para este livro mas deixo-a para quando publicar a opinião ao filme. Será que quero mesmo ver isto no cinema? :S
Só pelo trailer vejo mudanças. Quem já viu o filme?

"Para sempre, talvez" é um livro Editorial Presença.
Como o meu livro tem 10 anos, ainda tem a primeira capa mas com o lançamento do filme já se encontra disponível a edição com a capa actualizada. Qual a vossa preferida?
:)
Boas leituras

7 comentários :

Sónia Gomes disse...

Acabadinho de ler... Adorei, a historia e a forma como a escritora nos apresenta toda a historia de Rosie e Alex. Foi curioso perceber o quanto e difícil revelar os nossos sentimentos e quando o decidimos fazer a altura não e correcta. Duas personagens muito interessantes que adiaram a sua historia cerca de trinta anos, penso eu, por medo e teimosia... Moral que retiro desta linda historia, apesar do tempo, da distancia e das adversidades da vida, um verdadeiro amor é para sempre...

Anónimo disse...

Ajuda me por favor, porque tenho uma duvida á cerca do livro. Porque que tem vários titulos??? Existe alguma razao, ou foi mesmo porque a autora quis ter varios titulos. ajuda me por favor que estou muito curiosa.

ElsaR disse...

bem então o título original é Where Rainbows End mas nos estados unidos tem sempre tido o nome Love, Rosie que é igualmente o nome do filme.
Cá tem o nome de PAra sempre, talvez mas como já há um filme com o esse nome, decidiram chamar-lhe Deixa o amor entrar.

:D

Anónimo disse...

mas a minha pergunta é pq a razão de ter varios titulos?

Anónimo disse...

Li este livro com o título "Simplesmente acontece".

carina disse...

Olá!

Li o livro mê passado e eu já tinha assistido o filme. Confesso que amei o filme mais do que o livro.
Gostei do seu blog!

ElsaR disse...

Por vezes quando o livro é adaptado, mudam o título e logo aí criam uma imensa confusão.
Pior é que quando fazem reedições com novos títulos
um caos!
A razão?!
Complicar a vida aos leitores de todo o mundo :P