A última tarde de sábado, que para a grande maioria dos lisboetas, foi aproveitada para dar um saltinho à praia ou para relaxar no jardim, a mim serviu para marcar presença no curso Ícone da Escrita Criativa Online, desta vez encabeçado pela autora Filipa Fonseca Silva.
(Fotografias de João M. Nogueira / Escrita Criativa Online)
Com apenas um livro da autora lido, “O Estranho Ano de Vanessa M.”, o meu conhecimento sobre as suas obras era extremamente limitado mas tal não me inibiu de marcar presença e abserver o seu discurso sobre os processos de criação para as três vertentes às quais Filipa se dedica, a criativa publicitária, a online (redes sociais e blog) e a literária.
Com limitações e inspirações dispares, é no seu blog “Crónicas de uma fashion victim” que a autora se sente mais fiel à sua personalidade e onde difunde pensamentos e acontecimentos que considera relevantes para partilhar. Por esse mesmo motivo, do “Confissões de uma fashion victim” (nome escolhido em 2004 mas longe dos temas presentemente abordados) tenha recentemente saído “Coisas que uma mãe descobre”. Esta novidade Bertrand para o mês de Março compila crónicas sobre a temática da maternidade, uma inéditas, outras já publicadas por Filipa no blog. Repleto de episódios que quem já entrou nos altos e baixos da maternidade vai entender e acompanhar com um sorriso ou gargalhadas, como foi o caso com a leitura de um excerto escolhido pela autora.
Depois de dois romances, “Os 30 - Nada é como sonhámos” e “O Estranho Ano de Vanessa M” e um livro de crónicas, o que se segue para Filipa Fonseca Silva?
Em plano de criação já está o seu terceiro romance, que ao contrário dos seus antecessores, não partiu da personagem, o 1º elemento criado pelo autora, mas da situação que pretende retratar. A cortina não foi levantada mas depois desta tarde Filipe Fonseca Silva ficou no meu radar, talvez por sentir que no público que a escutava nesta soalheira tarde de sábado primaveril, eu fosse das poucas pessoas que leu e de certa forma até se identifica com o que escreve, com a mensagem que quer passar, quer nas suas criações literárias, quer nos desvaneios pontuais que publica online.
Ao longo da sessão tivemos oportunidade de abordar diversos pontos, quer sobre a escrita de Filipa, quer sobre inspirações e livros que a marcaram e incentivaram a escrever mas um ponto foi mais marcante que os restantes.
Até que ponto a idade de um escritor limita os temas que aborda? Até que ponto estamos interessados em ler um livro escrito por alguém na casa dos vintes?
Ou mais importante, até que ponto se consegue retratar uma idade e uma maturidade que o próprio autor desconhece?
Para a autora, na casa dos 30s, que é igualmente a faixa etária do seu público alvo, a idade em nada condiciona o processo criativo e a imaginação, especialmente se aliadas de uma boa preparação e estudo criterioso sobre as personagens que se cria e a sua envolvente quando é hora de nos contar uma história.
Por isso, de Filipa Fonseca Silva, fica pendente de conhecer “Os 30 - Nada é como sonhámos” e nem preciso de chegar aos 30 para os ler, embora não esteja nada longe.
Relembro a opinião ao “O Estranho Ano de Vanessa M”.
Podem seguir a autora na sua página de Facebook (aqui)
O Lançamento do "Coisas que uma mãe descobre" está agendado para dia 20 mas a apresentação irá decorrer na FNAC do Chiado dia 28 às 17h.
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Boas leituras!
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