Quem nos acompanha sabe o quanto adorei A Seleção.
Quantas vezes não disse a mim mesma "está na hora de leres livros de crescidos" para depois voltar a mais uma história juvenil ou Young Adult?
Tantas vezes!
A série de Kiera Cass devia ter acabado no "A escolha" mas quando vi que ia ser editado um livro com a filha deles dois, não resisti.
Quem não iria querer reencontrar a América e o Maxon casados, Reis e com mais 20 anos em cima? É como rever velhos amigos para meter a conversa em dia.
No entanto, a história aqui faz-se pela voz da sua primogênita Eadlyn, mais velha 7 minutos que o seu irmão gêmeo Ahren e por isso, herdeira do trono de Ilea.
Agora...
Como se costuma dizer em inglês, tenho mixed feelings sobre o que esperava deste livro e o que obtive dele.
Conhecemos Eadlyn a reclamar com o seu destino. Antes do reinado dos seus pais teria sido impossível uma mulher ser a soberana de Ilea mas para serem justos, os seus pais alteraram as leis para ela pudesse ser rainha.
Educada e treinada desde pequena para suceder ao pai, Eadlyn é um pouco reservada e mimada, o que seria de esperar de um membro da realeza que desde tão nova tem tanta responsabilidade.
E mesmo que seja de ideias fixas sobre não necessitar de um homem ao seu lado para governar, as circunstâncias que se vivem no seu país levam os pais a sugerir que, à semelhança do que lhes aconteceu, seria bom para ela e para o Reino se uma nova seleção se realizasse, mesmo quando Eadlyn não tem interesse nenhum em arranjar namorado ou marido.
E assim começa um novo processo que embora seja semelhante não podia ser mais diferente do que o vivido por Maxon, América e todas a selecionadas que conhecemos anteriormente.
Com as castas abolidas, qualquer subdito de Ilea se pode candidatar. 35 candidatos são escolhidos, no entanto Eadlyn promete a si mesma sabotar cada um deles, mesmo os que até podiam ser interessantes.
Até aqui tudo bem. Jovem independente, treinada toda uma vida para ser rainha, habituada a ser dura e controlada, entra no esquema para agradar os pais e o seu povo mas acima de tudo não se quer deixar enredar e abrir o seu coração a quem pode não ser merecedor dele.
A Seleção tem os seus momentos divertidos, sérios, complicados, etc. Aqui também tudo bem, embora ache que são muitos os personagens masculinos que acabam por ganhar visibilidade ao longo do livro. Até para nós se torna difícil de escolher o nosso preferido.
Toda envolvente familiar remete-nos para a seleção anterior, ao se terem mantido por perto Lucy, Marlee, Aspen, entre outros e que por consequência dos anos nos apresentam os seus filhos.
Mas depois sinto que tudo o resto falha, como a tivesse sido escrito a despachar. Porquê?
😕
Como é que America e Maxon criaram uma filha tão mimada e desligada de todos?
Como é que alguém que presencia um amor como o dos pais (ao género de conto de fadas) é tão apreensiva com os sentimentos e considera o amor uma prisão?
Fui só eu que achei a cena do irmão rebuscada? Eu faria o mesmo no lugar dele mas não foi a reacção dela um pouco fora do normal ?
Talvez o próximo explique a razão por detrás de muitas atitudes de Eadlyn.
Eu gostei bastante da ideia da seleção com os candidatos masculinos. A dinâmica é diferente, há sempre o drama inerente ao facto de ela ser uma rapariga, de ser a futura rainha, de estar nos olhos do público, de achar que está a fazer bem uma coisa e ao mesmo tempo estar a piorar outra MAS há algo que falta....algo que não bate certo.
No entanto isso não me impede e dizer...
O que se vai passar a seguir?
Nos primeiros três livros América sempre foi a nossa preferida embora o triângulo amoroso estivesse ali presente para nós escolhermos o nosso lado e torcemos por ele mas desta vez não me foi possível.
Entre Kyle, Henri, Hale, Ean e até Eric...eu tenho o meu preferido, raios até tenho dois mas o que é suposto sair daqui agora??
Quero respostas!!!
Quero saber como isto acaba....pleeasseee.
Até lá, relembro a opinião ao primeiros livros da série