domingo, 7 de janeiro de 2018

Opinião "O Homem de Giz"

A 16 de Janeiro nas livrarias.

Pequenas figurinhas desenhadas no chão e nas paredes. A principio, inofensivas e divertidas mas com o passar do tempo tornam-se sinal de agoiro e perseguição. Onde nos levam os pequenos homens de giz? A um grande livro para começar 2018. 

Conhecemos Eddie no presente, a tentar explicar onde é que tudo começou e a olhar em volta para o que ele é hoje. Na casa dos quarenta, a viver na mesma casa e cidade que o viu crescer, Eddie ainda partilha, de vez em quando, uma cerveja com amigos de infância que são mais um hábito que uma ligação. O passado em comum é pesado e os acontecimentos que datam de 1986 nunca foram esquecidos.
Não querendo estragar a história ao revelar demasiado, posso dizer o seguinte:

A camada de inocência que nos protege do mundo vai ficando mais fina a cada ano que passa, a cada dor que sentimos, a cada segredo que guardamos e a cada amigo que perdemos.
No verão de 1986, Eddie Munster, Gav Gordo, Hoppo, Metal Mickey e Nicky vão sentir o que resta do seu véu inocente desaparecer a cada traço de giz que encontram.  Quando confrontados com a morte chocante de um membro da comunidade,  que verdades serão reveladas? Que segredos esconde este grupo?
O que poderá voltar agora para os atormentar?


E mais não digo!!
Posso é dizer que ADOREI ESTE LIVRO!
 Acima de tudo gostei do modo como a narrativa, contada entre 1986 e 2016, nos deixa em suspenso e a criar conjeturas sobre o que realmente se passou. Quem morreu? Quem foi o culpado? Que segredos escondem Eddie e os amigos? Que verdades permanecem perdidas no tempo?

Acreditem quando vos digo que por vezes é muito complicado escrever sobre um livro que gostamos.  Não consegui escrever nada durante uma semana inteira. Nem uma única linha.
Ainda estou a pensar no final.
A pensar em como esta história toda surgiu na cabeça da autora porque alguém ofereceu à filha um balde com pau de giz :)
Ahh a inpiração. 
Como é que dizia Picasso?
"A inspiração existe mas tem de te encontrar a trabalhar".
E que belo trabalho foi este "O Homem de Giz".

Uma aposta

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