Depois de largamente comentado, livro e filme, chegou a nossa oportunidade de assistir e reunir opiniões sobre este "A teoria de tudo" ou "Viagem ao infinito", que retrata de forma biográfica a vida de Jane e Stephen Hawking, debatendo-se com aquele que foi um desafio, esse sim, semelhante ao infinito, a doença e as barreiras físicas a que a mesma condicionou e condenou Stephen Hawking.
Uma filme biográfico que é um tributo à vida, mas cima de tudo à resiliência e ao amor.
A teoria da Elsa
Vi o trailer do filme mais ou menos no mesmo momento em que soube da existência do livro, aquando do lançamento do mesmo em Portugal pela Marcador.
Fiquei reticente de ver o filme antes de ler o livro, muito mesmo. Como é suposto encaixar 25 anos de casamento, extremamente desafiantes, em apenas 2 horas?
E embora ainda não tenha lido o livro, tenho de vos dizer, está espectacular. Pode ter alterações temporais ou alguns detalhes polidos para a grande tela, mas a adaptação da história contada por Jane Hawking fala-nos de um amor que luta contra um prognóstico desanimador da doença de Stephen, quando os médicos lhe dizem que terá apenas 2 (complicadíssimos) anos de vida.
Contra tudo e todos, incluindo por vezes até a si próprios, Jane e Stephen casam, têm filhos, vivem juntos por mais de duas décadas e Stephen torna-se no famoso e brilhante físico que todos conhecem. O que ficamos a conhecer neste filme é o que se passou no intermédio dos eventos, entre os dois.
E no filme, os dois, interpretados por Felicity Jones e Eddie Redmayne, estão perfeitos, então Eddie está soberbo. Se esta interpretação de Stephen Hawking não vale um Oscar, não sei o que vale.
A teoria do Paulo
Um filme sobre um grande Amor, sobre família, aquela que por muitas vezes é o nosso apoio, a nossa base, mas por vezes destrói, por não entender, por não querer, por não ver que está a fazer mal...
Um filme sobre mentes brilhantes, não só a do Stephen Hawking, como a de Jane que à sua maneira consegue estimular, debater-se com o seu marido, ajudar e levar a novas conclusões, uma Jane que se pode considerar uma heroína, uma mulher que mostra bem a força que se pode ter, consegue manter um amor, uma família, uma mente...
Um filme que me fez pensar o que faria numa situação semelhante, que nos faz perguntar, e se agora sem uma data pré estabelecida de fim, como lidaria com uma doença semelhante da minha cara metade? uma pergunta que foi debatida a caminho de casa, onde as respostas variam a cada momento derivado a uma imensidão de probabilidades.
Enfim um grande filme, que nos faz pensar, acreditar.
Quero realçar uma grande interpretação do actor Eddie Redmayne a meu ver merecedora de Oscar.
A teoria da Cris
A minha teoria é a das sensações, das questões, do amor e da inteligência.
A doença é uma força destruidora e o amor será uma força tão grande que possa torna indestrutível a degradação que a doença provoca? Será o amor capaz de vencer a barreira dos anos como cuidadora, como responsável, como aquela que garante a segurança, a saúde, a continuação do outro!?
Vejo isso para os filhos, mas para o cônjuge e logo em início de vida parece um desafio quase desumano. Não sei se o filme prova o contrário na sua totalidade, mas demonstra que a paixão, a amizade, a cumplicidade e a tenacidade pode mudar o curso até da ciência e das previsões da medicina para uma doença.
A grande questão é o tempo. O tempo para Stephen tinha toda a importância e é o centro do seu universo. Para ela o universo com ele seriam os anos que lhe restassem de vida, de uma vida ainda por construir, por imaginar como seria. O tempo foi o que foi arruinando e consumindo, por dentro, pelo âmago a relação de amor que os unia. Sobrou a dedicação, a amizade, a compaixão, os filhos e acredito que uma admiração enorme pela mente brilhante como físico, como homem das ciências.
Existem inúmeras teorias a discutir com as várias "portas" que este filme abre, mas a dificuldade é avaliar a prática, como em tudo, é a vida do dia a dia, com as pequena coisas e a rotina que constrói ou destrói uma vida. Não sei se me faço entender...
É no seu todo um filme com uma temática complexa, que está filmado de uma forma comum mas cativante, que nos toca e nos sensibiliza. Há uma transformação brutal de Eddie Redmayne, cujo o tempo todo do filme eu passei a penar de "onde era ele" e é da mini série "Os Pilares da Terra", que se revela numa interpretação brilhante e impactante, com uma expressão no olhar que revela tanto. A interpretação de Felicity Jones está igualmente muito boa pela força e tenacidade que consegue transparecer, mas também fragilidade e exaustão quando a vida a isso conduz.
A teoria da Cris
A minha teoria é a das sensações, das questões, do amor e da inteligência.
A doença é uma força destruidora e o amor será uma força tão grande que possa torna indestrutível a degradação que a doença provoca? Será o amor capaz de vencer a barreira dos anos como cuidadora, como responsável, como aquela que garante a segurança, a saúde, a continuação do outro!?
Vejo isso para os filhos, mas para o cônjuge e logo em início de vida parece um desafio quase desumano. Não sei se o filme prova o contrário na sua totalidade, mas demonstra que a paixão, a amizade, a cumplicidade e a tenacidade pode mudar o curso até da ciência e das previsões da medicina para uma doença.
A grande questão é o tempo. O tempo para Stephen tinha toda a importância e é o centro do seu universo. Para ela o universo com ele seriam os anos que lhe restassem de vida, de uma vida ainda por construir, por imaginar como seria. O tempo foi o que foi arruinando e consumindo, por dentro, pelo âmago a relação de amor que os unia. Sobrou a dedicação, a amizade, a compaixão, os filhos e acredito que uma admiração enorme pela mente brilhante como físico, como homem das ciências.
Existem inúmeras teorias a discutir com as várias "portas" que este filme abre, mas a dificuldade é avaliar a prática, como em tudo, é a vida do dia a dia, com as pequena coisas e a rotina que constrói ou destrói uma vida. Não sei se me faço entender...
É no seu todo um filme com uma temática complexa, que está filmado de uma forma comum mas cativante, que nos toca e nos sensibiliza. Há uma transformação brutal de Eddie Redmayne, cujo o tempo todo do filme eu passei a penar de "onde era ele" e é da mini série "Os Pilares da Terra", que se revela numa interpretação brilhante e impactante, com uma expressão no olhar que revela tanto. A interpretação de Felicity Jones está igualmente muito boa pela força e tenacidade que consegue transparecer, mas também fragilidade e exaustão quando a vida a isso conduz.